Estado:
O primeiro E leva em consideração o seu estado – físico, emocional, mental e espiritual.
Você cuida da sua saúde? Do que você come, de quanto dorme? O sono, muitas vezes, é negligenciado em prol de trabalhar mais horas no dia. Isso não é uma boa escolha, a falta de sono afeta áreas do seu cérebro que precisam estar funcionando muito bem para você conseguir tomar decisões, raciocinar bem e não ser impulsivo.
Outra coisa que percebo com frequência são empresários preocupados com o que não podem controlar. Economia e política são alvos frequentes nessa situação, mas estão fora do seu alcance. A única coisa que pode fazer é controlar a si mesmo: suas reações frente a frustações, suas atitudes diárias e nada mais. Quais pensamentos costumam passar pela sua mente? São reclamações, lamúrias? Ou são emoções positivas, que te levam para frente? Cuidado com as sensações que você tem todos os dias. Elas afetam tudo. Tudo mesmo.
A parte espiritual desse tópico pode te confundir um pouco, mas não se trata de uma questão etérica, e sim de como está sua conexão com algo maior, algo que vai além do dinheiro. Pode ser simplesmente a satisfação de gerar mais empregos, de poder ajudar a sua família, de poder mudar o pequeno mundo a sua volta. Algo que vá além da ganância pelo dinheiro e poder, o seu porquê de ir trabalhar e enfrentar o mercado todos os dias.
Estória:
Às vezes, nós contamos estórias que não são exatamente a verdade. Ainda assim, insistimos nelas. Falo aqui de reclamar sobre colaboradores, culpabilizar outros pelos seus erros e fracassos, queixas sobre a economia e afins.
Seja uma pessoa profissional. Comece a agir, a entender que aquilo que aconteceu com você ou seu negócio pode não ser justo, mas que agora não adianta reclamar, basta entrar em ação e tentar ao máximo evoluir.
Conte para si mesmo uma estória que te fortalece, que te dê firmeza para continuar em frente. A economia é cíclica, em um momento vai te ajudar e te prejudicar no próximo, mas seja resiliente.
No primeiro trimestre desse ano, a Netflix anunciou a perda de 200 mil assinantes, o que reduziu o valor de mercado da empresa em 54,3 bilhões de dólares.
E agora?
Agora, é a hora da empresa se aperfeiçoar ainda mais. Você, quando estiver enfrentando uma crise, vai fazer o mesmo. Vai demitir quem não te agrega, mudar o modo de atendimento, investir em conhecimento para você e seus colaboradores, vai fazer o necessário para se adaptar.
Estratégia:
Este E é dependente dos dois primeiros. Se você não está bem e não muda seu jeito de pensar, suas estórias, nada vai mudar. Mesmo se você descobrir a melhor estratégia de todas para o seu ramo, não vai conseguir aplicar enquanto não organizar as duas etapas anteriores.
Para desenvolver uma estratégia, você precisa de clareza. Conseguir analisar sua empresa com olhos de alguém de fora do meio, com os olhos do seu cliente. O que falta para você ser ainda melhor?
Depois que tiver mais clareza, o que vai diferenciar adultos de crianças é o comprometimento. Decidir que vai investir em alguma parte mais arriscada do negócio, que vai assistir aulas todos os dias em busca de conhecimento, que vai ligar para clientes três vezes por semana na primeira hora de trabalho.
Execução:
Entre estratégia e execução existe um enorme buraco. É o buraco da preguiça, da procrastinação, da vitimização, das desculpas, das reclamações...
O segredo aqui é, antes de tudo, entender sobre você mesmo. Por que você evita olhar seus números, evita suas métricas, foge da tomada de decisões?
Autoconhecimento acima de tudo.
Tire um momento para refletir sobre os quatro Es que te apresentei aqui. Talvez, no começo, você se sinta incomodado com o que percebeu sobre você e seu negócio.
Não se deixe paralisar pelas dúvidas, siga em frente sabendo o que precisa mudar. E se precisar de ajuda, conte conosco.
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